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Contexto econômico para a Colonização da Ribeira do Piauí.

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Amor à terra natal

Com esse breve histórico de minha vivência nos anos 50 e 60, rememoro também, em pequena síntese, a evolução político-administrativa de nossa querida Caracol, que hoje comemora sua emancipação nesta data festiva.  Hoje é dia de festa, dia de relembrar o passado e participar dessas comemorações, mesmo com as restrições impostas pela epidemia. Um povo altivo, que sempre lutou por sua independência, não há de esquecer esta data importante da nossa história. Nossa terra completa 74 anos de emancipação política em sua segunda edição. Em 1912, Caracol foi, pela primeira vez, desmembrada do município de São Raimundo Nonato e elevada à condição de Vila (equivalente à condição de cidade), tendo como primeiro Intendente (prefeito) aquele que lutou pela criação da Vila de Caracol: Aureliano Augusto Dias. Os membros do Conselho Municipal (vereadores) nomeados pelo governador do Estado, Dr. Miguel de Paiva Rosa, foram os senhores Capitão Reginaldo Augusto Dias, Manoel Luís da Silva, Joaquim Ribeiro

Médico itinerante

Cheguei nesta noite a Teresina, vindo de Terra Nova, para trabalhar em uma empresa local. Fui encaminhado para que o senhor me avaliasse e emitisse o ASO (Atestado de Saúde Ocupacional). Tudo bem... Com você, já são cinco pessoas oriundas dessa cidade que atendi hoje. Para minha surpresa, nenhum reconheceu em mim um conterrâneo, também oriundo daquela terra, fundada por meu avô. Faz muito tempo que saí de lá. Provavelmente, esses jovens que atendi eram crianças, ou sequer tinham nascido, quando trabalhei na terra dos meus antepassados nos anos setenta. Fui o primeiro médico residente naqueles rincões. O trabalho era árduo, extenuante, e as condições técnicas eram precárias: uma casa de saúde improvisada, onde faltava água, não havia energia elétrica, e nem os equipamentos básicos para intervenções médicas. Mesmo assim, mantive a população saudável, atendendo regularmente e raramente precisando encaminhar pacientes para cidades maiores. Fiz meu papel como profissional da saúde comunitár

Adão não, Ladrão!

Ah, a saga dos pequenos ladrões de frutas da nossa cidade! Tudo começou quando o nosso grupo de vadios decidiu fazer um "ataque" à quinta do Sr. João Caçote, famoso pelas suas mangueiras carregadas de frutas suculentas. Como gafanhotos famintos, devoramos todas as mangas maduras, deixando o pobre Sr. João furioso e sem um centavo no bolso. E lá foi o Sr. João Caçote, com o fígado fervendo de raiva, denunciar o pequeno malfeitor. Mas o problema era que ele não lembrava o nome do pestinha que estava no meio do bando. "Qual é o nome daquele teu filho que parece que tem um ímã para mangas?", ele perguntou ao Sr. Júlio Bento, pai do nosso espertinho. E o Sr. Júlio, tentando ajudar, sugeriu todos os nomes da família, até que o Sr. João soltou: "Adão? Não, ladrão!" E assim fui eu, o "Adão, não, ladrão", alvo da fúria do Sr. João Caçote, levando uns bons bolos de palmatória como corretivo, enquanto os outros escapavam ilesos. Mas não foi só isso, a gente

Minha casa

: Voltando ao passado para reviver os dias alegres da minha infância naquela casa branca com uma porta e três janelas na fachada, na rua Grande do meu pequeno Caracol. A calçada alta com degraus de subida na entrada levava à sala de visitas, enquanto o restante da casa compunha quartos onde dormíamos eu e meu pai desde a viuvez dele. Descendo uma pequena escadaria, chegávamos a outro quarto onde dormiam minhas irmãs Ivanilde, Elizete e Natália. Iracema já tinha casado e saído de casa. Adhemar, Daltro e Hugo dormiam em redes num quarto contíguo, enquanto uma cama era reservada para Ademar, que sofria da coluna. Na parte sul da sala de visitas, ficava a sala de jantar com uma mesa grande e cadeiras de Januária - MG, que podiam ser abertas e fechadas para guardar na dispensa ao lado. A mesa tinha seus lugares certos, com meu pai na cabeceira e minha tia Ciana em frente a ele, enquanto nós, os outros irmãos, ocupávamos as laterais. A cozinha era o coração da casa, exigindo uma ritualística

OS DESCENDENTES DE MANOEL DIAS SOARES

Manoel Dias Soares foi o terceiro filho do Comandante José Dias Soares. Com apenas 12 anos de idade, ele foi sequestrado pelos Pimenteiras em represália à perseguição sofrida pelos colonizadores. Durante décadas, não houve notícias do garoto, filho do conquistador. Quando já não se supunha que pudesse estar vivo, Manoel Dias Soares apareceu em certo dia acompanhado de uma senhora índia de nome Marreca, juntamente com uma prole de 14 filhos que nunca foram registrados nem tiveram identificação formal. Eles não se adaptaram à vida social da vila, por isso foram colocados na fazenda Saco, pertencente a um dos seus familiares, mais precisamente seu irmão Domingos Dias Soares. Ali, desenvolveram novos hábitos e costumes, integrando-se à vida dos colonos e vaqueiros, misturando-se com negros, caboclos e mestiços. Com o passar do tempo, foram se estabelecendo às margens do açude e da lagoa que serpenteavam a vila de Caracol. Ali, viviam de pequenos trabalhos artesanais, como o preparo de cord

DESCENDENTES DE DOMINGOS DIAS SOARES

Domingos Dias Soares, irmão de Gabriel Dias Soares , Manoel Dias Soares e filho do Capitão José Dias Soares, foi casado com Ana Maria das Neves. Eles tiveram os seguintes filhos: 1. **Reginaldo Augusto Dias**:    - Casou-se quatro vezes e teve filhos com três das esposas:      - Do primeiro casamento, teve Judith Dias Mariano, casada com Joaquim Gonçalves Mariano, tiveram os filhos:         - Reginaldo Dias Mariano;   - Arnaldo Dias Mariano;   - Francisco Dias Mariano;   - Julia Gonçalves Mariano      - Do segundo casamento, teve uma filha:        - Maria da Conceição (Dondon) que teve do casamento 8 filhos: Joaquim Reginaldo; Jessé;  Rosa Maria; Regina; Eliana; Jane; Josaphá; Gilka. - Cap.Reginaldo Augusto Dias do terceiro casamento,com Maria da Glória Ribeiro teve dois filhos:        - Manoel Ribeiro Dias (Né) que foi casado com Petronila Dias de Vasconcelos e teve os filhos: Maria da Gloria Dias Vasconcelos; Maria Solange Dias de Vasconcelos Francisco Reginaldo (falecido) ,  Jessé (